EU ASSUMO
Assumo que sou:
Desejo que não se cumpre,
Alma que se abandona!
Caminho sem volta,
Não sou de mim,mais dona!
Assumo que sou:
Perdida sozinha em tua ilha,
Naufrágio constante!
Risos falsos...gracejos
De uma pobre viajante!
Assumo que sou:
Atrevidamente corajosa!
Abro o coração aos passantes,
Escancaro meu sentir,
Expresso amores errantes!
Assumo que não sou:
Nem tola,nem sábia demais!
Medida certa de sentimentos,
Alma nobre a transbordar,
Seja amor ou sofrimentos!
Abril 2011
P.S.Parte do comentário do poeta Fernando A. Freire,que me "exaltou" tanto que me encabulou com suas palavras.Decidi,então, colocá-las aqui em forma de poema,pois foi assim que ele as escreveu.
(SOU POETISA?)
Deus lhe fez poetisa a vagar.
Você nasceu poetisa, depois aprendeu a falar.
Você se descobriu poetisa, tão logo começou a amar (o próximo, a natureza, o belo...).
Você se sagrou poetisa quando começou a amamentar,
a perder noites de sono inventando versos para acalentar
os rebentos da bela família que fez questão de citar em seu perfil.
Ah, criatura feminil! Só essa condição de poetisa bem-aventurada,
no seu poema, você não assumiu.
Não! Pois vim abrir uma janela no seu coração,
só pra ouvir o seu "sim,assumo",
e me assegurar de que o nosso sumo Deus
jamais faria uma poetisa em vão! (Fernando A. Freire,14/04/2011)
Obrigada,poeta,pelo carinho!