(((((:::::VIAS AÉREAS:::::)))))

Meu abraço é cada vez mais largo

envolve-os a todos! Os ofendidos e humilhados

os insuficientes torturados ...

A luz do Sol beija e fecunda as artérias

mas os místicos andaram pelos séculos

construindo noites, geladas solidões - vias aéreas.

As coisas que de longe trazem consigo

na sua vasta pátria são feras,

que rasgam a alma e apodrecem a matéria

O silêncio abre os seus panos escuros

mas a solidão entra pelos teus vidros

e nas suas enlutadas mãos - são gritos escusos.

Solto os pensamentos fechados em gaiolas,

já perdidos , as idéias são jaulas de bárbaros ruídos

estridentes - ferem, dilaceram - os nervos e os sentidos

Solidão - A angústia da Cidade,

rochas esculpidas de vaidade

lágrimas pungentes de ingrata insanidade

__Ah, não fujam de mim! Dentro de vós os pássaros são mudos

Não mordo, não arranho. Sou somente a margem...

pinceladas de diamante sobre a paisagem

de um antigo fulgor de coração que não se entregou ao mundo.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 10/04/2011
Código do texto: T2901250
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