O Bêbado

Bebendo para esquecer

As mazelas de um velho amor

Lá vai o bêbado claudicante

Sem rumo, quase perdendo a noção

Cabisbaixo e taciturno

Esbravejando contra o mundo

Um misto de fúria e obsessão

Cambaleante e descompensado

Carrega no peito cravado

Algo que nem Freud conseguiria explicar

Talvez a culpa seja

De um amor mal resolvido

E o consolo na bebida

Parece ser a tábua de salvação.

Lá vai ele ruminando seu fracasso

Imaginando outros braços,

outros lábios,

Envolvendo e beijando o corpo teu

Por um instante

Julga-se tão impotente

Que até pensa na morte

Como um presente de Deus.

Ronaldo Rivas
Enviado por Ronaldo Rivas em 10/04/2011
Reeditado em 21/04/2011
Código do texto: T2901121
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