Âmbar da melancolia
O coração perdeu o rumo
Na hora que mais precisava
Foi dormir no chão
Na chuva
Afundou sem traição
Descompassado
Sem concessão nem ternura
No mundo descontrolado
No susto do canário em fuga
Livre mesmo no desterrado
Seus olhos de despojos
Seus devaneios secos
Seus segredos de sono
Batem no peito como fogo
E baba de boi enfurecido
O coração quebrou
O esboço da certeza
Na bofetada do desprezo
Preso no âmbar da melancolia
(Festa exumada da memória)
Para suprir exceção ao medo.