Âmbar da melancolia

O coração perdeu o rumo

Na hora que mais precisava

Foi dormir no chão

Na chuva

Afundou sem traição

Descompassado

Sem concessão nem ternura

No mundo descontrolado

No susto do canário em fuga

Livre mesmo no desterrado

Seus olhos de despojos

Seus devaneios secos

Seus segredos de sono

Batem no peito como fogo

E baba de boi enfurecido

O coração quebrou

O esboço da certeza

Na bofetada do desprezo

Preso no âmbar da melancolia

(Festa exumada da memória)

Para suprir exceção ao medo.

Tércio Ricardo Kneip
Enviado por Tércio Ricardo Kneip em 10/04/2011
Reeditado em 14/04/2011
Código do texto: T2900265
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