EFLÚVIO

No quarto escuro de mim

Aguardando eflúvios

Ele ouve de tudo

Do sibilar da corrente de ar

Aos sussurros do pernoitar

Aos açoites dos coiotes

Aos coices dos frangotes

Aos acordes serelepes

Ao trepidar das vestes

A melodia da hélice

Ao silêncio que desmerece

Ali naquele espaço fechado

Entrecortado...

Nos artefatos dependurados

Em exposição e contraposição

Nos contornos da mente

No retesar dos membros

No alvoroço tosco do corpo

Na taquicardia do coração.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 09/04/2011
Código do texto: T2898706
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