EFLÚVIO
No quarto escuro de mim
Aguardando eflúvios
Ele ouve de tudo
Do sibilar da corrente de ar
Aos sussurros do pernoitar
Aos açoites dos coiotes
Aos coices dos frangotes
Aos acordes serelepes
Ao trepidar das vestes
A melodia da hélice
Ao silêncio que desmerece
Ali naquele espaço fechado
Entrecortado...
Nos artefatos dependurados
Em exposição e contraposição
Nos contornos da mente
No retesar dos membros
No alvoroço tosco do corpo
Na taquicardia do coração.