RODA CIRANDA...

Roda , roda , roda, ó –le-lê!
Roda ,roda , roda, ó –le-lê!
Do que Lelê precisava
Era uma boa palmada!
 
Ciranda revira rotina:
Varre teias ,
Bilros de pó,
Trapos e fitas,
Sapatos de boneca.

Cirandeia a roda .
Roda-cobra espreita
Sob detritos
E alegria das fitas.
 
Vassoura inútil:
Amanhã estará, lá,
 Mesma roda.
Cirandeia roda-cobra.
Morcegos,
Mosquitos,
Lagartixas
Tiram-lhe
Teias e bilros de pó,
Trapos e sapatos,
Fitas e fotos.

Gira roda, gira,
Mas, sozinha.
 
Criancinhas sorriem.
Amor  salvou-as...
 
De quê ?

Gira ciranda,
Ao peso  do que
Poderia ter sido.

Mas, não foi.
 
Criancinhas sorriem
Amor  salvou-as...
E,  longe de teias ,
Bilros  pó , trapos,
Sapatos,
Morcegos e lagartixas,
 Saltitam pelas flores.

Batem palmas.
Agradecem
Pelo que não foi.

Mas, poderia ter sido.
 
Roda ,roda , roda, ó –le-lê!
Roda ,roda , roda, ó –le-lê!
Do que Lelê precisava
Era uma boa risada! 

Image do Google: Pintura de Naif Aracy em classifieds.com.br


Ilram Rekrem
Enviado por Ilram Rekrem em 09/04/2011
Reeditado em 03/05/2011
Código do texto: T2898512
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