APÊNDICE

A solidão existe de fato alheia a nós?
Ou ela já vem dentro da gente em forma de apêndice?
Parece que tem pessoas fadadas a viver a ermo, como eremita.
Pessoas que se assemelham a barcos que nunca encontram porto seguro pra atracar.
E ficam inertes a vagar no mar da solidão rumando ao horizonte das existências vãs.
Porque somos assim tão complexos e contraditórios diante do que deveria ser tão simples?
Ao meu redor vejo pessoas em busca de algo que nem sabem o que é e nem onde está;
Se agarrando a qualquer tábua de salvação, seguindo qualquer sinal de fumaça e indo
Na direção de todo facho de luz, mesmo que momentâneo e ilusório e jamais para pensar.
Segue sem rumo, a andar sem pensar, anda como nômade e a ninguém se apega, só pega por pegar, afinal tem duas mãos e vai fazer o que elas?
Tem duas mãos mas não conhece o corpo, não faz um afago em si mesmo em vida, não olha pro seu centro e foge do óbvio...
Parece fugir de algo que não sabe direito o que é ou tem medo de encarar que ele mesmo é
Insuficiente pros outros, pra si e pra vida.
A vida que lhe dá sinais, mostra indiretamente quase tudo e dá lições, mas ele nunca aprende, ou não quer aprender, não quer ver ou se recusa a ver o que chega às vezes a ser óbvio e claro.
Acho que é hora de olhar ao redor e dentro e perceber as coisas como são e tentar ver os sentimentos, tentar ver o outro, tentar se enxergar para tentar acreditar que é preciso
Mas que o pulsar do coração e ter o controle dos seus sentidos para saber e ver que nem tudo nos é permitido.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 08/04/2011
Reeditado em 21/04/2011
Código do texto: T2897649
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.