Édipo(Poema 1)

Édipo de olhos vazados, amargando um triste destino,

Corroendo-se a cada dia por seu infeliz erro,

Assim Tebas lamenta a tragédia em seu próprio solo.

Tebas cuja cidade prosperava grandemente, agora

Amaldiçoa o momento que Édipo pisou em seu solo.

Amargurados habitantes, vossa sina é apenas

A presença de mais um humano que consideram orgulhoso?

Acaso um deus achaste tua cidade Insignificante para

continuar existindo?

Édipo vaga, sua prole ainda

Permanece em augusto palácio,

Ismene, doce e compreensiva Ismene,

Antígona, oh, moça de nobre e sincero coração,

Teu coração morará eternamente em fria laje!

Quantas desventuras, um viandante

Cego que não encontra nada além

Da fria e ignota incompreensão, quantos

Não o condenam sem reconhecer que já

É um condenado? Quantas línguas malditas

Não culpam teu vagar?

Cruel e indesejada sorte, Tebas sofre e

Lamenta, a cidade não produz mais

Artefatos que tenham élan, o desânimo

Parente de toda imobilidade toma conta

De todo o ser rompido e esmigalhado.

Ah, Tebas, outrora cidade,

Hoje fantasma de arquitetura.

Teu destino aos deuses foi deixado,

Nada além de desgraças é o que tuas gerações

verão!

LuHessBuss Moonshadow
Enviado por LuHessBuss Moonshadow em 08/04/2011
Reeditado em 03/12/2022
Código do texto: T2896811
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