Ao homem que tentou me socorrer
'Ban-bang!'
Um sino espanca?
'Ban-bang!"
Tenho a boca e a língua empapadas de sangue
não posso ser morto, posso? Súbito? À míngua?
Minha mão treme; langue, no pó e no osso,
eu rodo nesta fríngia deste ruído e luz insana
e parece tão rochoso meu peito e pesado...
Ontem o Sol me queimara; hoje ele está frio,
estarei condenado? Por que minha voz dispara?
O que acendeu o pavio com negra centelha?
Um fogo novo irrompeu, e o pátio onde brinquei
já me olha de esguelha. O'stouro rasga o véu!
E digo-te o que sei: o mundo inteiro morreu!
Crepita uma labareda no fundo do corredor
vejo amigos chorando: a vida mesma desmancha,
contudo, por trás da dor, ouvi que, atirando
Um pobre diabo decompôs-s' em ódio e pólvora.