PRESSA NÃO DÁ EM NADA
Essa eterna apofia
Dos humanos...
Este engarrafamento espermático
Nos rodando em círculos
Outros que mal tem calda pra chegar, outros velozes
Demais sem rédeas sempre correndo desordenado
Seja no transito com espermáticos carros,
Espermáticos de latas que se amassam
Engarrafados, uns pelos acostamentos
Como se o tempo dele fosse mais caro que o tempo do outro
Tentando ultrapassar ou ir pela contramão
Quebrando barreiras chegando nem se sabe aonde
Para chegar até o útero imaginário de sua tresloucada dimensão
Ate ser tempo de uma nova gestação
Em qualquer lugar o ser humano
Espermático sempre tem pressa
Sempre tem a promessa de chegar
Sempre pra frente evolucionário,
Convulsivo impulsivo serpentário...
Por isso há tantos campeonatos
É a bola pra gozar na rede embrionária do gol
É a pedalada pra chegar à faixa materna
É a pressa desvairada é sempre a chegada ao útero
Muitos tentam e morrem pelo meio do caminho
São milhões que se atrevem
Para um ou dois chegar ao útero materno
Como diz numa piada:
Vários espermas estavam se preparando
Enfileirados, tensos, loucos para ouvir o som do disparo
E quando foi dado à partida um empurrando o outro
Aquele martírio todo da escalada rumo ao hall da fama
Vira-se nos trinta, tinha o aleijadinho e o mais acrobata
Que dizia pro aleijadinho que na hora da partida o ajudaria
Quando então pra tristeza geral da nação
Um tentando ir contra a multidão dos pecados
Fora atropelado quando gritava desesperado
PAREM, PAREM, PAREM!
Mas porque temos que parar?
Gritavam a furiosa escalada espermática!
Porque é um suicídio coletivo!!!
Como assim? Gritavam os mais afoitos e o aleijadinho
Que já se imaginavam na beira da caçapa do coito
Porque é alarme falso é uma masturbação....
Pra que tanta pressa de chegar!