AQUELE ABRAÇO!
AQUELE ABRAÇO!
Corre!Corre!
Abre os braços e corre!
Já que o mundo não se comove, nem se dá conta da própria ira...
Estende teus braços, rodopia como a fúria de um ciclone na planície vazia!
Corre, gira e salta como a louca que a platéia paralisa!
Respira! Respira! Respira...ofegante, mas sem receio, este ar
que a todos os seres irmana
(o mesmo ar transmudado que nos alimenta ou se inflama)
O ar que se enfunou no tempo e chegou até nós!
Esgota-te nesta euforia desenfreada e quando, absolutamente,
extenuada...
deita-te sobre a relva, ávida pelo teu carinho
cheia de luz e de cor
Fecha os olhos...agora...
Vê que o corpo se expande e se funde e se esgarça
e agora, assim esgotada,
sufoca num abraço
este mundo sem amor!