AQUELE ABRAÇO!

AQUELE ABRAÇO!

Corre!Corre!

Abre os braços e corre!

Já que o mundo não se comove, nem se dá conta da própria ira...

Estende teus braços, rodopia como a fúria de um ciclone na planície vazia!

Corre, gira e salta como a louca que a platéia paralisa!

Respira! Respira! Respira...ofegante, mas sem receio, este ar

que a todos os seres irmana

(o mesmo ar transmudado que nos alimenta ou se inflama)

O ar que se enfunou no tempo e chegou até nós!

Esgota-te nesta euforia desenfreada e quando, absolutamente,

extenuada...

deita-te sobre a relva, ávida pelo teu carinho

cheia de luz e de cor

Fecha os olhos...agora...

Vê que o corpo se expande e se funde e se esgarça

e agora, assim esgotada,

sufoca num abraço

este mundo sem amor!

dacosta
Enviado por dacosta em 08/04/2011
Reeditado em 04/05/2011
Código do texto: T2895829
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