(((:::CONFISSÃO ÍNTIMA VIII:::)))

Divago por mim mesma a procurar,

Desço-me toda, em vão, sem nada achar.

Nada tendo, decido-me a criar:

Tudo ouso - borboletas mágicas - pra sonhar

Noites de amor no ar onde a respiração é doce,

a juventude suspensa, no antes que tudo fosse

Meu corpo vestido, meu sonho desnudo...

Da flor dos lábios, do veludo dos olhos:Sabeis tudo — tudo!

Eis as minhas mãos! Quem pode prendê-las?

Ávidos dedos, que no papel rabiscam estrelas...

Um luar tombou, manchando-me a face.

O poema gritou até que em amor me despertasse

Cativa da noite infinita!

A palavra eterna minha única escrita

cada vocábulo é um doar de minhas flores sentidas.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 07/04/2011
Código do texto: T2895623
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