(((:::CONFISSÃO ÍNTIMA VIII:::)))
Divago por mim mesma a procurar,
Desço-me toda, em vão, sem nada achar.
Nada tendo, decido-me a criar:
Tudo ouso - borboletas mágicas - pra sonhar
Noites de amor no ar onde a respiração é doce,
a juventude suspensa, no antes que tudo fosse
Meu corpo vestido, meu sonho desnudo...
Da flor dos lábios, do veludo dos olhos:Sabeis tudo — tudo!
Eis as minhas mãos! Quem pode prendê-las?
Ávidos dedos, que no papel rabiscam estrelas...
Um luar tombou, manchando-me a face.
O poema gritou até que em amor me despertasse
Cativa da noite infinita!
A palavra eterna minha única escrita
cada vocábulo é um doar de minhas flores sentidas.