Perdoa-me

Perdoa-me.

Perdoa-me por te querer tanto assim

Que mesmo em face das dificuldades

este querer vem como febre sem fim.

Neste processo tortura sem piedade

Perdoa-me em te dar tanto carinho

Nesta avalanche de cuidados tantos

mesmo quando o sono vem de mansinho

naquelas noites fundas de nossos encantos

Perdoa-me por te querer todas as alegrias

que mesmo quando triste, eu sorrio.

Perdoa-me por te levar nas minhas fantasias

deslizando nos meus versos como a folha no rio

Ah, se possível não seja assim tão ingrata

Ao me ouvir nestes cantos doridos,

quando sob sua janela em serenata

derramo meu amar em versos partidos.

Então, perdoa esta minha mania

Quando em seu caminho espalho flores

Que perfumam a poesia que alivia

Quando estou sozinho com minhas dores.

Em busca de inspiração, vêm às vezes estas emoções que nem sei explicar como chegam.

E aí me surpreendi ouvindo Mil Perdões de Chico Buarque e acabou assim.

Toninho.

05/04/2011

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 07/04/2011
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