Ausência

Do Capítulo da Consciência.

Sem poesia,

Que tristeza viver sem poesia, na dureza realista da vida,

onde tudo é trânsito, sem cor e ilusório.

... triste é ser apenas realista ou quase naturalista onde tudo é duro ou “verdadeiro” demais,

onde o sonho não existe e a vida se resume em ais.

Sem poesia,

Sem alegria,

Sem sonho,

Cru, nu, animal, desigual, na tristeza, sem beleza...

cada um, por si e um Deus amando a todos...

Sejamos então poetas!

A vida é luz, e no ofício da palavra tudo transforma-se,

todo sentimento ou lágrima é sentimento escrito,

renovado, reavaliado... e talvez superado.

A vida na poesia torna-se clara como criança, jardim florido, onde todas as borboletas são aceitas e bem vindas...

no papel risca-se e rabisca-se a vida reconstrói-se.

Sem poesia...

não há beleza, há ausência, tudo se resume ao agora do tosco ao bruto, a rapidez do movimento, ao suor, ao orgasmo, sem beijo, ao beijo sem orgasmo, a partida sem aviso.

E o ser dito humano... escandalosamente machucando, desiludindo, arranhando... sobra entojo a respeito de tudo o que é belo...

Sem poesia...

A vida volta à barbárie... tudo é sangue que se estanca com mais sangue, notícia de jornal... lágrimas de novela...

Sem poesia a vida é vazia...

é fria...

apenas; vadia... vagabunda... moribunda.

Brasília - DF,2011.

Do imaginário poético.

VivianMariaMaranhão
Enviado por VivianMariaMaranhão em 07/04/2011
Reeditado em 20/04/2018
Código do texto: T2895216
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.