ESPELHO LUZENTE

Dias difíceis cheios de dor e cansaço.

Uma espera pelo desconhecido, uma saudade pulsante que dói no peito exausto de esperar.

Bato à porta com desejo de ser ouvido, mas não há ninguém do outro lado.

Espero mais um pouco até minha canção terminar.

Então junto os ossos espalhados pela estrada e rumo para sul.

As luzes do caminho estão apagadas, somente o instinto me guia na solidão de um dia de noites que parecem eternas.

As estrelas ainda brilham com sorrisos tristes; vaga lembrança de um passado que não vivi.

O que é isso mercador dos sonhos?

Onde esteve o sopro de meu existir?

Uma face negra sorri na luzente lâmina de um espelho antigo...