MEIO CAPIAU
Senhorio que me atazana pelo aluguel,
atrasado bem sei, mas pago-te um dia,
não me tire de perto da cozinha.
onde tonteio com a beleza da Maria.
Me ponha na conta de lavador de vasilhas,
ou de quem lustra suas panelas de fundo breu,
quem sabe, para limpar o chão escorregadio,
mas não deixa a maria longe d"eu.
O dinheiro acabou e mês continuou indo.
Se olhar no meu bolso verás que estou lisinho,
Mas não me deixe caído no chão da rua fria,
até porque, pela Maria já estou caidinho.
Eu sofria pela Vitória lá na outra pensão,
Descabelava, ficava sem tino pro trabalho,
Que coisa!! pela Maria viro um trator esteira,
e já cedo na lenha eu desço o borralho.
Mas senhoria não se mostre ingrato e cruel,
Tá pra entrar um dinheiro ai, mandado da roça,
Se não entrar eu juro que te deixo a vaga,
e volto levando a Maria pra minha palhoça.
Agradeço a valiosa interação do amigo Recantista eurípedes Barbosa.
"Num veju pobrema ninhum im sê meiu capiau. Tevi um, qui chegô inté a prisidenti, uai! I agora inté é dotô "obraris nas calças" da Univercidadi di Cuimbra!"