Cobras de batinas
Vão se arrastando como corpos mortos
como um corvo cristão batizado
seguindo o caminho para o paraíso...
amargo mais doce que o mel
o mundo virado em um escarcéu.
Em suas batinas sujas de pecados
partem o pão e dividem o vinho da luxúria
me deixando com a mais triste amargura
Jogam-me as cobras e me condenam
digo-lhes a verdade, que não se ofendam
segundo aqueles que vieram de longe
fazemos para nós mesmos e quem ama faz por natureza
não acredite nas mentiras e sim na mais pura beleza.