(((((:::::PÉTALAS DESPIDAS:::::)))))
Nada em ti me comove,
da poesia, dos templos e das espirais
Lançadas para o céu vazio pelas catedrais.
Com o seu eco tão rubro, de ais mortais...
Já farta de existir, com medo de morrer,
Eu rio-me da arte - tal mulher - e choro-me o ser
Dessa velha ironia a que chamam Amor.
Campo fecundo que persegue um naufrágio maior - a dor.
Luz que me prende, depois que o céu acende
Um acrílico de um nada algodoado - Depois do sol apagado
Ah, quem me dera ter embalado,
os tristes olhos - cansados - tão amendoados !
Há em minha intimidade, flores desconhecidas
Que não olham as estrelas e soluçam ao vento
as próprias folhas caídas - pétalas sentidas - de mim despidas.