Esfera imaginária

O silêncio nasce da impotência.

E o ator paralisado no palco,

contempla essa matilha absurda,

crendo ser a geometria que a luz descreve,

a única sinceridade possível,

num cubo acústico de almas dispersas.

Casa de horrores.

Monólogos minimalistas,

nenhum talento.

Eis o que merece o ajuntamento

de dementes justapostos.

Se é doente a fala lançada,

mais doente é o cão que aplaude.