HIPOCRISIA
Maria Luiza Bonini
Soberba e ladina, em silêncio espreitas
A tua vítima, com a frieza d' um algoz
Sem escrúpulos e sem ética, te deleitas
Na conquista por parvo demérito fugaz
Pérfida e desleal contigo mesma
Não respeitas sequer tua própria ética
Se é que existe em tua mente enferma
Ou habita em teus pensamentos tétricos
Não poupa esforços para tuas pífias vitórias
Traiçoeira, como uma cobra, ao rés do chão
Desvairada, em torpe covardia, contra teu irmão
Impostora cruel que emana amargo fel
D' um veneno que mata sem complacência
Pois és desprovida de pudor e de decência
São Paulo, Junho, 2010