BACARÁ

BACARÁ

O Jogo já esta para começar

Não há tempo a desperdiçar

A soma tem que ser o nove

Mostre as cartas então prove

As figuras e os dez valem zero,

E os às valem um isso é algo vero.

As outras valem o que nela indica

É a regra do bacará até na botica

Assim é a vida, nobreza é fachada

O demais vale a obra na barricada

Podemos apostar na guerra ou paz

Rezar para um Deus ou a Satanás.

A vida é um bacará, um jogo de sorte

Começa no choro, passa pela consorte

Caminha para as podas e algum recorte

Separação e encontros e no fim a morte

Feliz de quem sorriu para o lixeiro

Foi à missa, ao pastor e macumbeiro

Plantou o bem sem olhar para quem

Entrou na vida sem e sai desta sem

Levamos ao outro lado talvez lembranças

Todos os convívios e todas nossas alianças

Se há outro lado eu não sei, vou apostar na sorte

Pois quero é mais viver tudo antes de minha morte

André Zanarella 09-03-2011