Manhã dos Campeões
Após uma noite em vigília
E 40 minutos a caminhar,
Depois de 2 pães de pizza,
Na terceira lata de cerveja.
Às 6:30 da manhã.
Inicio esse momento mágico.
Minha querida viagem de ônibus.
Maus presságios de um vizinho ouvi,
Relatos de caos na via Brasil.
Confirmados pela estática situação do trânsito.
Vagarosamente prossigo
Nesse Acelera e freia,
Em transe num vai e vem assexual.
Para que dormir e perder a magia?
- Mentalmente indago
Aos passageiros amigos-
Os entendo, pois nesse horário,
O sono é grande e forte;
Se nos bate, derruba.
Mas me nego a ceder,
Mesmo a um sono aditivado.
Pois acabou a última lata
E o brilho bata a porta;
Também o sol a essas horas subindo.
Comum bocejo...
As primeiras barreiras caem,
Embora sirenes retomem
Aqueles presságios...
Por que não, ir de metrô?
Lá não consigo escrever
E aqui relatar o início desse dia.
Alias que feliz!
O brilho logo de manhã,
Com ele o segundo bocejo
Longo e forte...
Mas ainda resisto,
Em seguida o terceiro.
Com lágrimas nos olhos,
Seguidos bocejos e lágrimas
Pesando os olhos.
Um complô do meu corpo
Contra minha vontade.
... Rendo-me ao corpo
E almejo descanso.