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Sinto o frio de mais uma noite perdida
Querendo o sono dos eleitos
Sinto apenas o cansaço
Da tevê, dos dias sem luta.
Sendo levado como massa de manobra
Ficamos lá, como gelatina
Aquecidos, congelados e no final sempre moles
Fáceis de digerir, como um pensamento pulsante
Que na verdade não pensa por si.
Queria apenas dormir o sono dos eleitos
Acordar sem o frio da solidão
Ou ao menos, sem o cansaço da tevê
Que tanto me leva para ondas sem sentido
E me deixa assim flácido e liquido.... como uma gelatina!