Arranjo



Gosto do meu casulo,
Segurança presente
Que vai à minha frente
Sempre que o abismo
Quer me tragar.
Gosto de fechar-me
Entre meus segredos
Que só Deus conhece,
Não divido com ninguém,
A falta que faz um ombro amigo
Não quer dizer que qualquer
Ombro sirva-me de apoio
E que todo apoio leve-me a um bem,
A prudência levou-me à decência,
A simplicidade à sensibilidade,
Com certa idade
Já não há armadilhas escondidas
Nem versos que nos engane,
Há somente, tão simplesmente
Uma vida, um mundo,
E com eles faço um grande arranjo.
Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 05/04/2011
Reeditado em 02/10/2021
Código do texto: T2890146
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