TELA
SERPENTES DE AGUA klimt-gustav-1907
SERPENTES DE AGUA klimt-gustav-1907
A SERPENTE Enrolou o rabo de ponta tesa cuspindo veneno na grama de orvalho fresco. Na madrugada enluarada cheirou escamas espalhadas à sua volta. Ainda tentou arrastar-se até sua presa que roncava, mas adormeu na terra revirada suspirando sibilos e sustenidos desafinados. Ah... (coitada) estava apaixonada, e o cíume dói - e arde - até mesmo em ninhos de cobra. |
Publicado no Recanto das Letras em 14/10/2009 Código do texto: T1866720 Em POESIA DE CONCRETO |