São coisas da vida
Saõ coisas da vida
Pedaços de sonho, que se desvanecem
como sombras de noites de névoas nubladas.
Que a noite esconde e não se vê nada.
São coisas da vida que não se atinam.
Não tenteis compreender? São ignorâncias!
Ingratas esperanças no mundo perverso.
Deserto incerto sob um céu de luto que entristece.
Onde os pobres amores vão estiolando.
Onde não há noivas que não noivaram
e o véu na brancura alva e pura se retalha.
e a flor de laranjeira viçosa , se gasta.
E não há sorrisos, apenas olhares oprimidos.
E cruzam-se os braços com espíritos constrangidos
Afeitos a preceitos sem jeito sem efeito
E o leito para os noivos tão gracioso.
Com lindos bordados em linhos antigos
E tocam os sinos da capela pela bela donzela.
Que aguarda sentada mirando o leito de esponsais
olha a cruz encimada. Cruz que renega o pecado
Voluptuosos desejos inquietados.
Mas que nas planuras do sonho
a rendição não precisa de leito imaculado.
Nos prados floridos, cedera em fervor ,nesse amor
sem pecado, sem exorcismos inquietados.
Abençoado apenas pela ternura que a abrangia.
E, de mãos dadas foram a capela com os sinos já aquietados
E sorriram Aquele, na cruz crucificado por amor.
Que sorriu cúmplice ao casal apaixonado.
São coisas da vida ,naõ intenteis cismar.
de tta
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