UM HIATO MEDITATIVO

Há tantos contrastes

Se derramando nos dias

Os casos, o caos, o acaso

A esperança

No esboço de um sorriso

Pensar que a felicidade

Não é uma utopia

É preciso trabalhar

Enquanto não chega o sétimo dia

Palavras e sensações

As contradições

Que envenenam o coração dos homens

As desordens doentias

Que embaçam

A frágil paz que todos chamam de possível

Mas ninguém sabe o que significa

E o estranho

É que esse sentimento de vazio

Cresce infinitamente

Nas palavras repetidas

Que significam absolutamente nada

E nos deixam

Com a cara de Eva antes da maçã

Aguardando a hora perversa do pecado

Como construir um instante só nosso

Livre das contradições humanas?

Um hiato meditativo

Talvez seja necessário.

Qu

JOAQUIM RICARDO
Enviado por JOAQUIM RICARDO em 04/04/2011
Código do texto: T2888932
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