ALTÍMETRO

No sótão interior

No porão pessoal

Nos subterrâneos essenciais

Nos intercaminhos dos pergaminhos

Nos alpendres íntimos

Nos alambrados da alma

Nos jazigos vivos

Nos interstícios carnívoros

Nos solstícios solipsos

Na aridez do meu eu

Na solidez do que jamais aconteceu

Nas vielas existenciais

Nos líquidos seminais ainda jaz

Nos orifícios anais

Nos artifícios anuais

Nos martírios matinais

Nas sequelas desiguais

Nas tramelas abissais

Nas bagatelas banais

Nas janelas viscerais

Nos precipícios individuais

Nos devaneios duais

Nas divagações animais

Nas indefinições que emergem

E nas reticencias que perseguem

Em nada, absolutamente nada

Eu vejo a frugal saída tão desejada.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 03/04/2011
Reeditado em 29/07/2012
Código do texto: T2887904
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