À vida que já foi, uma ode...
*Elenite Araujo.
À vida que vivi na minha infância,os campos onde corri,
O céu que eu avistava,azul que encantava;tempos idos...
Revejo-os ainda,a infância não é finda,vive ainda em meus sonhos.
Encontro a menina que fui,a vida em sonhos flui
Mesmo que os campos sejam outros,mesmo que o sonhar seja pouco,
Ainda há sonho em mim,a menina que fui ainda mora aqui.
Vive em mim,a cantar e sorrir e juntas fazemos uma ode à vida.
À vida que vivemos,eu e o céu da minha infância,em mim dos verdes
Campos a lembrança,que me faz sorrir,e alimenta a criança que sou.
Encontro aquela menina,que ainda encanta-me e ensina,
Que a vida e linda,que a alegria é sempre bem vinda
E o sonho essencial,cantar espanta o mal,por isso uma ode...
À vida,e a tudo que me tranformou no que sou,
Sei que o tempo passou,mas aqui estou,sou eu
Ainda, aquela menina que brincava com flores.
E que sonhava amores a colorir a vida.
A vida me deu amores,amargos e doces sabores
Mas ainda sonho com os sons e cores,que vivi menina.
Estão todos em mim,as flores,os sons os perfumes...
Estão todos em mim,borboletas e jardins da minha vida
Tempo primaveril da minha existência,de ti tenho ciúmes.
Zelo e lembrança,daquela criança que fui e que amo.
E dos tempos e dos campos que abrigaram o amor
Que me fizeram ser o que hoje eu sou,e amar este amor.