Faces
Das coisas mais primitivas
que possa minha alma buscar
nas lembranças da vida,
simétricas e assimétricas,
não me apego aos objetos.
Ruas, casas, cidades, lugares
onde me fiz aprendiz do viver,
caminhos por onde andei,
não fizeram em mim morada.
Lugares não me aprisionam.
Nem as cores das paisagens,
nem idas e vindas.
O clarão que cruza os céus
em noites de tempestades,
revela-me muitos rostos.
Faces em mim impregnadas,
sempre visíveis,
pra sempre guardadas
que nunca se vão.