AFETOS

 
Quantos oferecidos e aceitos por
pura ilusão, e tantos afetos sem
respostas dos que recebeu.
Até mentiras foram proferidas.
 
A permanência do calar consentiu
a dor amarga nessa mudança brusca
de mudar de vez, num contrassenso
absurdo de lembrar outra vez.
 
Talvez incoerência, insensatez que
nada entende porque não viveu.
Mesmo com o coração desidratado
dos carinhos descuidados seu.
 
Afagos indecisos nas poucas e simples palavras de desvelo, talvez enganosos com metades simplórias implorando presença quando não deu.
 
Não vale a pena acreditar na súplica
feita mesmo que pareça necessária.
Uma indagação permanece no ar
não acreditando no seu pronunciar.
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 03/04/2011
Reeditado em 07/04/2011
Código do texto: T2886896