AS FACES DO AMOR
Judia-me o amor, quando me invade,
Fere-me com a espada da maldade
Que investe sobre nós sem compaixão,
É assim que sinto o amor no coração.
Mas é um vício também, uma cachaça
Que arde, arde, e a gente sempre bebe,
O amor é assim, parece que nos mata,
É o apertar o nó de uma gravata,
E judia tanto os nobres como a plebe.
Mas é também o luar, o paraíso,
E as flores que se abrem nas manhãs.
Os sussurros e os beijos nos divãs,
E os olhares unidos num sorriso