Pingos de alívio

 
Há um poema inacabado... Falta a rima...
Vou rabiscando outros em agonia...
Onde estão as liras que me vinham?
Escondem-se na sombra do que fui um dia...
 
Não sei se vou encontrar... Mas procuro...
Água fresca e pura em versos atordoados
Pois os rios que por aqui passam
Margeiam águas dolorosas do passado...
 
Águas que evaporam larvas de vulcão
Serenam e queimam as pétalas da flor...
Então junto letras... Metáforas sem rima
Pingos que aliviam e dormitam a dor...
 
Poemas me escapam... De horror...
Na sequência, fala mais alto... O amor..
Difícil é compreender as mutações da flor
Que murcha... Mas revigora o esplendor...



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