Poema para o vento

Ventos que galhos sacodem,

sinais do criador.

As florestas invadem

misturando o frio e o calor.

Ventos que são caprichosos

varrendo as colinas e os vales.

Sinais amorosos

dissipando todos os males.

Ventos de sul a norte

com muita intensidade.

Entregues a própria sorte

levando minha saudade.

Vento que eu respiro

no fundo do coração.

Muitas vezes suspiro

na alegria e na aflição.

Vento, amparo da natureza.

Impulso das asas de Deus.

Sopros de sonhos com certeza

que dá vida aos filhos seus.

Vento que senti ao nascer,

foi feito com amor.

Impossível de esquecer...

São lágrimas de um sofredor.

Ó vento... Eu não sei

para onde tu vais.

De pensar já cansei

com tantos vendavais.

Helmuth da Rocha
Enviado por Helmuth da Rocha em 02/04/2011
Código do texto: T2885035