Ana Pavlova
Pegue minha mão, pois não sei como continuar.
Quebre minhas mãos quando
eu sair fora de controle.
Neste ballet de conveniência,
seus pés quase não tocam o chão.
É uma sucessão de vermelhos e azuis,
poluídos pelas frases que escavo nas paredes.
E será sempre assim:
eu uma nação de duas estrofes,
e você a liberdade
presa em duas sapatilhas.