Toda sorte de pranto

Quero hoje derramar

Toda sorte de pranto

Quero enfim entoar

Sem qualquer acalanto

Minha alma diluída

Grita silenciosa

Pela dor enlouquecida

A experiência pavorosa

Meu pensar naufraga

Meu choro não estanca

Meus olhos cascata cega

Do sentimento que espanca

Sua ausência dilacera

Meu espírito soluça

Novamente vence a fera

Mãos gélidas de camurça

Turvada por esta abstinência

O vulcão avança devagar

Esvai-se de mim a essência

Nem dilúvio irá apagar

A certeira eminência

Saudade que devo suportar

Em sua eterna ausência

Mas só por hoje deixe-me chorar.

Pedra Mateus

André Fernandes e Pedra Mateus
Enviado por André Fernandes e Pedra Mateus em 02/04/2011
Reeditado em 02/04/2011
Código do texto: T2884594
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.