DILEMA DA SALVAÇÃO

Sinto o pecado em minha carne ardente

Ao ver bocas rosadas, peitos nus ao vento

E o abrasar da alma no corpo silente

Disfarçar na calma dos olhos eu tento.

No mais profundo silêncio do meu quarto

Nem os olhos fecho para descansar

Pois das fantasias que me tomam, estou farto

Quero em tua presença, Senhor, me salvar!

Mas oh, que suplício, é viver em espírito

Quando o sangue ferve no pulsar das veias.

Tudo oh, salvação, para não ter que te perder!

Mato-me em mim, antes da esperada morte

Renegando os deleites, banquetes, da vida as ceias.

Oh, vida eterna, por ti buscar! Oh, inferno, por ti temer!

Valquíria Duarte
Enviado por Valquíria Duarte em 01/04/2011
Código do texto: T2884491
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