"Inconsciência Inconsciente..."

Aqui estou, incauta, diante de uma realidade esfíngica;

Onde pensamento se confunde com ação;

Idéia se converte em sua forma empírica;

E o que é inato e aprendido a um conflito dão vazão.

A resolução é o equilíbrio, a interconexão;

Entre as vertentes opostas que gradativamente se igualam;

O fim de um conflito na natureza humana se torna uma obsessão;

E uma humanidade é obsediada;

Pela força da imoralidade que um dos extremos exala.

A busca pelo equilíbrio e perfeição se expande;

No entanto é uma suposta realidade, é inexorável;

Que a anomalia dos extremos cante;

Uma canção ignóbil, porém inabalável.

Porque o esdrúxulo é mais pertinente à alma humana;

Travestido sob a forma de loucura;

E a hipocrisia nessa ótica não emana;

A perfeição ignota em sua forma pura.

A natureza perfeita, no homem, é um sonho letárgico;

De uma inconsciência humana consciente;

Noite e dia constantes e equilibrados são como um desejo fálico;

Uma libido estorricada por uma realidade incognoscente.

Cansei-me de toda essa vida prosaica, esse papo abjeto;

Não convincente num mundo tão imperfeito;

Pois a própria natureza paradoxalmente faz seu trajeto;

Noite e dia são opostos, entretanto são constantes os mesmos.

Toda essa busca e imperfeição constantes me causam inquietude;

Um nó na minha garganta diante da não aceitação da sombra pelo homem;

O que há na sua essência de mais sórdido;

O ser humano é um estado de espírito eternamente impelido pelas vicissitudes;

E não entende que um grande caminho na busca pelo eu e pela vida;

É a passagem pelo seu momento mais mórbido.

laripsyche
Enviado por laripsyche em 28/06/2005
Código do texto: T28834