Adormeço Escrevendo

 

Floresço,

Não importa se estou no pântano,

No mais lindo jardim,

Se estou no começo ou no fim,

Floresço.

Ando,

Não importa se o Caminho é reto,

Estreito,

Com tantas curvas,

Apertado,

Me ajeito.

Falo,

Com Deus,

Comigo,

Com estranhos,

Até com inimigos,

Da mansidão que aprendi a ter,

Por isso ,

Não calo.

Me calo

Quando o ruído é tanto,

A algazarra transborda,

Vejo que é a hora

Do silêncio reinar.

Escrevo

O que sinto,

Como pinto,

Se já tinto na poesia

A vida adentrar,

Vendo os ramos de flores perfumados

Valeu a pena o quanto andei,

Falando sobre a vida com tanta gente

Aprendi a dar valor as pequenas coisas,

Hoje sei o ouro do silêncio,

É a hora da escrita que grita de mansinho,

Toma meu coração tão devagarinho

Que adormeço escrevendo.

 

 

 

Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 01/04/2011
Reeditado em 14/12/2021
Código do texto: T2882699
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