UM E OUTRO
Aqui cá dentro
Existe o ego e alterego
Um é ciclope
O outro é cego
A um abraço
E ao outro renego
A um eu ovaciono
Com o outro me decepciono
Um é o fiasco
O outro é fenômeno
Um me tem como aluno
Com o outro sou eu quem leciono
Com um me regozijo
Com o outro sofro...
E assim ele vive lento
Em prodigioso aumento
Em total isenção de intervenção
E quase não aguento
Suas provocações
Suas perturbações
Suas prevaricações
A meia luz
Com seu capuz
E sua emblemática cruz
No seu desvencilhar
No seu envolver par
Na sua impar amplitude
Que não é plural nem singular
Apenas ocular num emaranhar
Da essência viva
Do que sangra tal qual
Uma inesperada ferida
Que não avisa quando vai chegar.
Aqui cá dentro
Existe o ego e alterego
Um é ciclope
O outro é cego
A um abraço
E ao outro renego
A um eu ovaciono
Com o outro me decepciono
Um é o fiasco
O outro é fenômeno
Um me tem como aluno
Com o outro sou eu quem leciono
Com um me regozijo
Com o outro sofro...
E assim ele vive lento
Em prodigioso aumento
Em total isenção de intervenção
E quase não aguento
Suas provocações
Suas perturbações
Suas prevaricações
A meia luz
Com seu capuz
E sua emblemática cruz
No seu desvencilhar
No seu envolver par
Na sua impar amplitude
Que não é plural nem singular
Apenas ocular num emaranhar
Da essência viva
Do que sangra tal qual
Uma inesperada ferida
Que não avisa quando vai chegar.