NATUREZA MORTA
Trigo, trigal,
me intriga, me instiga
a colocá-lo numa taça
de madeira,
que virou um vaso sem água.
Fez-se companhia
a sempre-vivas sempre secas,
pintadas de azul e outra tantas
amarelas, brancas
com verde caule...
tudo muito bonito,
a mistura do natural
com o artificial...
não tem graça o tudo igual.
E isso vale a pena,
enfeita o canto, combinando
com a luminária apagada
e com a janela escancarada,
abrindo uma luz que dá vida
a esta natureza morta...
aos olhos de quem vê,
quem enxerga é o que importa.