SE NÃO HÁ AMIGO

SE NÃO HÁ AMIGO

Tento revelar um segredo,

Por mais tentar não consigo.

Encho-me naquela hora de medo,

Contar pra quem se não há amigo...

Só em fazê-lo é um enredo,

Balanço e tripudio o meu abrigo.

Dorme-se tarde e acordo cedo,

Levo muito mais de um comigo...

Esquisitice bizarra está com sorte,

Não se declara mesmo na hora da morte,

Momento derradeiro de se dizer...

Ouça amiga e amada consorte,

A navalha minhas veias corte,

De vergonha vou sem nada fazer...

Goiânia, 30 de MARÇO de 2011.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 31/03/2011
Código do texto: T2880967
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