POEMA DESAJUSTADO

Há incompreensões por sob a franja do tapete

E almofadas são lançadas pela sala

Os bocejos se elevam e se transformam em almas penadas

Chega o capitão enlouquecido cantando um tango arrependido

Dançam todos como se fossem Nureyeves

Depois apontam como se fossem Hitlers

Outros de Tereza de Calcutá assumem as vestes

Segue a comédia humana pelo corredor da morte

E dão com os burros n’água do esgoto

Uiva um lobo na estepe

E um anjo canta no candelabro da mesa empoeirada

À cabeceira da mesa senta-se o ditador

taniameneses
Enviado por taniameneses em 31/03/2011
Reeditado em 31/03/2011
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