POEMA DESAJUSTADO
Há incompreensões por sob a franja do tapete
E almofadas são lançadas pela sala
Os bocejos se elevam e se transformam em almas penadas
Chega o capitão enlouquecido cantando um tango arrependido
Dançam todos como se fossem Nureyeves
Depois apontam como se fossem Hitlers
Outros de Tereza de Calcutá assumem as vestes
Segue a comédia humana pelo corredor da morte
E dão com os burros n’água do esgoto
Uiva um lobo na estepe
E um anjo canta no candelabro da mesa empoeirada
À cabeceira da mesa senta-se o ditador