As minhas palavras são redes
e pescam as vossas mentiras,
mas são malhas; vós não as vedes,
porque, à volta, o mar se revira.
As minhas palavras não ledes
pois arderam todas na pira,
― ah, tivésseis delas mais sede! ―
Velho poço embalde transpira
frescor que concede a tão poucos...
Há sons sibilantes e roucos,
no silêncio de uma caverna.
Sentinelas dançam, lampírios,
deixam rastros, mil brilhos sírios.
― A busca prossegue e é eterna.
nilzaazzi.blogspot.com,br
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