Estação das chuvas
Não temo caminhar
Por essa estrada que
O rio serpenteia
Conheço os atalhos
Nela passeia tantas lembranças
Triste é ver o riacho seco
Onde a pé atravesso
Com a ponte sobre a cabeça
Triste é ver o rio agonizar-sete
E a passarada em debandada
Meu âmago estremece
ao ver almas secas
sem compromisso
olhos que não contemplam
o amanhecer colorido
e o ocaso que se aproxima
de olhar renovado
No verde da esperança
a certeza da volta
Da estação das chuvas
... e da poesia.