Amanheceu nosso poema
No regaço da noite
No ninho dos meus olhos
Ainda trago teu aroma
Azulando o braseiro
De um céu em eterna chama.
A nostalgia da distância
A vontade do orvalho
Da dor em temperança
Um verso ainda persiste
Horizonte claro
Luta e ânsia.
Sem pátria
Desertam palavras de amor
Corpos nutrem-se
Das almas em memória
Uma poesia ficou
Nos restolhos
De uma azul história.
Porque os versos nascem
Mesmo na escuridão de ser
Rasgando peitos e eras
Atravessando orlas de espera
Encapuzados de uma saudade
Que lavra em lágrimas minha terra.
Karinna*