Acalanto do Tempo
Quisera voltar o relógio desta breve existência,
Perdoar-me-ia bem mais, espalharia indulgências.
Teria tempo para o tempo, viveria cada momento.
Saberia o valor do amor e as agruras do cimento.
Quisera dar um bom dia para o idoso ignorado,
Abraçar crianças que perderam a esperança.
Visitar irmãos enfermos e aqueles enclausurados,
Plantar a flor do amor nos corações descrentes.
Quisera ser árvore frondosa, abrigar pássaros
Fonte de água pura de onde jorrasse a ternura.
Cadeira de balanço para embalar almas tristes,
Porém, o algoz tempo raramente isso permite
Ciente da efêmera vida, do eterno aprendizado,
Percebo que o tempo carece de ser compartilhado.
O tempo sem volta, súbito tudo se torna passado
Por isso, apresso-me em compreender o verbo amar.
(Ana Stoppa)
Quisera voltar o relógio desta breve existência,
Perdoar-me-ia bem mais, espalharia indulgências.
Teria tempo para o tempo, viveria cada momento.
Saberia o valor do amor e as agruras do cimento.
Quisera dar um bom dia para o idoso ignorado,
Abraçar crianças que perderam a esperança.
Visitar irmãos enfermos e aqueles enclausurados,
Plantar a flor do amor nos corações descrentes.
Quisera ser árvore frondosa, abrigar pássaros
Fonte de água pura de onde jorrasse a ternura.
Cadeira de balanço para embalar almas tristes,
Porém, o algoz tempo raramente isso permite
Ciente da efêmera vida, do eterno aprendizado,
Percebo que o tempo carece de ser compartilhado.
O tempo sem volta, súbito tudo se torna passado
Por isso, apresso-me em compreender o verbo amar.
(Ana Stoppa)