Amarga espera.
Esperei mais uma vez que viesse
e que acordasse o que preferi adormecer.
Esperei em vão que ficasse a meu lado
apenas para reavivar a chama
e esquecer a dor que me causa.
Chorei um céu bravio
em noite perdida sem luar.
Gemi para meus segredos
a sua falta dilacerante.
Salpiquei de fantasias o não esperado.
Disse que vinha... e eu esperei.
Encontro-me em solidão necessária,
para compreender que as promessas
são fios sem comprimento.
Venha a morte a galope
nada me resta mais que um cigarro
e o canto triste de um lamento
pungindo entre os outros
aquilo que a falta de sua boca me causa.