ADMIRÁVEL SERRA

Makinley Menino

Serra! Serra!, não é árvore não é madeira

É terra linda, é pedreira,

É morro de lajedão sob

as orquídeas do paredão

Medo e coragem prometem impulsos

e desejos que fogem à compreensão

Alimentam o perigo e beleza dos seus degraus naturais

À escalada que leva ao cume, o ápice do mundo

Meu ninho não é lá, onde será?

Desejo ter asas, garras e olhos de águia

Vou pelejar contra os teus predadores irracionais

Dar minhas sete vidas em combate glorioso

Chorar de olhos fechados, ser o seu mártir

contra o poder da vergonha de mulher meretriz

Quero tomar o mesmo sol que o seu dorso

Ouvir os uivos dos coiotes, sentir o frio das montanhas

Os brados ecoarem minha voz em suas paredes

Preciso tocar no teu suor frígido, apalpar o meu corpo

Com as mãos geladas, despertar meus sentimentos

Preencha o meu ego, mate minha sede, encha-me de orgulho

Pulsa meu peito, bata-me de ternura!

Oh serra amada! Meu desejo, meu chão

Torna-te minha obsessão, repleto de paixão

Vou caminhar até ti, cair nos teus braços

Me leva, tenha-me, esteja aí quando acordar

Serra linda e querida, salve! Salve! Tanta beleza

Daquele que a criou

Alexandre Tiberio
Enviado por Alexandre Tiberio em 28/03/2011
Reeditado em 02/10/2011
Código do texto: T2874742
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