ADMIRÁVEL SERRA
Makinley Menino
Serra! Serra!, não é árvore não é madeira
É terra linda, é pedreira,
É morro de lajedão sob
as orquídeas do paredão
Medo e coragem prometem impulsos
e desejos que fogem à compreensão
Alimentam o perigo e beleza dos seus degraus naturais
À escalada que leva ao cume, o ápice do mundo
Meu ninho não é lá, onde será?
Desejo ter asas, garras e olhos de águia
Vou pelejar contra os teus predadores irracionais
Dar minhas sete vidas em combate glorioso
Chorar de olhos fechados, ser o seu mártir
contra o poder da vergonha de mulher meretriz
Quero tomar o mesmo sol que o seu dorso
Ouvir os uivos dos coiotes, sentir o frio das montanhas
Os brados ecoarem minha voz em suas paredes
Preciso tocar no teu suor frígido, apalpar o meu corpo
Com as mãos geladas, despertar meus sentimentos
Preencha o meu ego, mate minha sede, encha-me de orgulho
Pulsa meu peito, bata-me de ternura!
Oh serra amada! Meu desejo, meu chão
Torna-te minha obsessão, repleto de paixão
Vou caminhar até ti, cair nos teus braços
Me leva, tenha-me, esteja aí quando acordar
Serra linda e querida, salve! Salve! Tanta beleza
Daquele que a criou