(((((:::::IMPOTÊNCIA:::::)))))

O tempo nos impõe situações que nos rasgam...e diante do que a vida nos apresenta - como saber conduzir decisões acertadas?

E os instantes dilaceram o peito, cortam a carne, e a palavra é o açoite constante - ferindo profundamente a alma.

Vivo a eternidade de um minuto - de um em um - tentando não sucumbir a dor - a mágoa - as lágrimas... Já não sei se sobrevivo ou vou maquiando os sorrisos com o pó de lascivas ilusões.

Vou cuidando das feridas enquanto outras surgem desesperadas, buscando no infinito invisível uma esperança qualquer que não deixe se esvair de mim - o tesouro valioso - e sendo assim eu não perca a serenidade, tampouco a dignidade que me resta. Para que não me perca do meu próprio eu, e seja apenas sombra do que um dia fui.

Vejo o tempo passar e a cada instante a sensação de impotência é maior, torturante, gritante...

A cada dia me torno prisioneira da hipocrisia e maldade alheia, absorvendo os golpes, engolindo coisas que não vem...escurecendo qualquer falsa claridade, ...

E tudo que aprendi, se perde na inversão de valores e verdades, no berço que me criei contradiz a própria realidade.

Eu escureci, já não sei que caminhos seguir...ou se ainda deixo se libertar o grito calado dentro de mim...

Aos poucos a vida leva a minha imagem, e faz de mim a vítima diante das crueldades.

Não acho o que me dizer, tampouco o que quero achar...!

Interação da amiga poetisa Adriane Dias Bueno

Oh! Dama, todas as cruéis feridas infligidas pela vida ou por algum outro ser, tão doloridas são, que causam este ser-não-ser. Entretanto, embora a escuridão possa teu canto assombrar, só fará da tua casa a última guarida, se o teu desespero o deixar.

*Obrigada amiga, não sabes o bem que tuas palavras sopraram. Agradeço o teu carinho e amizade de sempre.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 28/03/2011
Reeditado em 28/03/2011
Código do texto: T2874702
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